Oito em cada dez crianças e adolescentes que chegam aos abrigos de Porto Alegre têm mães viciadas em drogas, principalmente o crack. Os bebês são abandonados ainda no hospital, ou sofrem com os maus tratos e a falta de cuidado em casa. Em Porto Alegre, 750 adolescentes e crianças estão acolhidos nas 67 unidades da Fundação de Assistência Social e Cidadania. No ano passado, 33 foram abrigados, em média, por mês. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o presidente da FASC, Kevin Krieger, disse que esse dado é alarmante, já que equivale a mais de uma criança acolhida por dia, número aumenta a cada ano. - Hoje toda criança e adolescente que vem para o acolhimento institucional só entra pelo poder judiciário. Primeiro se tenta fazer a reivinculação familiar, mas cada vez essa reivinculação está mais difícil com a família de origem. Tenta se buscar também a família extensa ou amigos e parentes da família. Cada vez mais, essa rede do crack dificulta esse retorno. Caso isso não aconteça, ela vai para a adoção - avaliou.