Um crime ambiental. Foram quatro meses de apuração. Dezenove dragas flagradas, extraindo areia das margens ou de locais proibidos no Rio Jacuí. Em desacordo com as licenças de operação emitidas pela Fepam, que restringem horários, locais de extração do minério e distância mínima de 50m das margens, as dragas trabalham a todo vapor durante a noite em Charqueadas. A Fepam não tem um ecobatímetro, equipamento capaz de medir a profundidade do rio, não tem pessoal suficiente, portanto, não fiscaliza de forma adequada, ou seja, libera licenças sem a certeza dos impactos que a mineração causa no leito e até mesmo no delta, local onde é expressamente proibida. O Jacuí, rio com mais 800 quilômetros de extensão virou terra de ninguém. Na próxima reportagem, o que dizem as mineradoras. A série é de Fábio Almeida e Renata Colombo.